quinta-feira, 4 de março de 2010

INDEPENDÊNCIA DE IGREJAS LOCAIS

Pergunta: Como uma pessoa prova pelas Escrituras que cada igreja local deve ser independente e autônoma?
Resposta: Tenho feito esta pergunta por muitos anos, observando que muitos afirmam independência e autonomia de igrejas locais enquanto demonstram pouco entendimento do significado destas palavras na prática.

Autonomia significa "governo próprio," então é imediatamente aparente que não estamos falando sobre autoridade legislativa, judicial ou executiva, que pertence à Divindade. A igreja (todo o povo de Deus) é sujeita a Cristo; é por isso que os cristãos são conhecidos como o povo de Deus. O governo próprio (autonomia) aqui é em assuntos de julgamento ou liberdade deixados ao livre arbítrio do homem. Deus pretendia que cada igreja chegasse independentemente a estas conclusões, ou que muitas deveriam depender de um "patrocinador" para tais decisões? Deus precisa responder a esta pergunta. Se ele responder "independentemente", então não temos liberdade para passar esta responsabilidade de tomar decisões para outros. Poderia se pensar, por alguns argumentos defendendo contribuições para um arranjo patrocinador "de nossa própria livre vontade," que Deus nos deu uma escolha para sermos dependentes ou independentes.

Mas como Deus responde à pergunta? Ele responde definindo as limitações  da supervisão e meios de operação coletiva.

Se Deus pretendesse que o corpo universal operasse coletivamente teríamos que ter uma supervisão universal (nessas matérias de julgamento humano) e um tesouro universal (o meio de intercâmbio pelo qual muitos agem como um). Os católicos romanos afirmam este princípio de ação universal da igreja, e eles têm um bispo e um tesouro universais.

Se Deus pretendesse que uma pluralidade de igrejas funcionasse coletivamente, ele teria provido supervisão numa escala de "igrejandade" [nota do redator: "igrejandade" se refere ao uso incorreto da palavra "irmandade" para descrever atividades que envolvem muitas congregações]; e teria autorizado um tesouro abrangendo a mesmo grupo de igrejas. As denominações protestantes têm este conceito de "igrejandade" e estão organizadas de acordo.

Mas Deus pôs a supervisão numa escala local. "... em cada igreja, a eleição de presbíteros" e "...pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós ..." (Atos 14:23; 1 Pedro 5:1-3). Ele não autorizou nenhuma supervisão de "igrejandade", seja por um ou por muitos projetos. E Deus colocou os fundos ajuntados pelos santos numa escala local (1 Coríntios 16:1-3). Observe, foi o fundo dos coríntios que Paulo entregou a Jerusalém, a receptora. O fundo não perdeu sua identidade em algum fundo coletivo ajuntado das igrejas.

Se Paulo era um oficial executivo de algum fundo centralizado de várias igrejas, como alguns declaram (veja 2 Coríntios 8:19), então cessaríamos de discutir que cada igreja seja "independente e autônoma". Se há autoridade para oficiais executivos e fundos numa escala de "igreja universal" ou "igreja nacional", então deveríamos arranjar maquinário denominacional (que é exatamente o que alguns têm feito) e desistir desta conversa sobre "igrejas independentes e autônomas."

Prova de igrejas "independentes e autônomas" é a toda suficiente palavra de Deus que nada autoriza além de supervisão e tesouro no nível de igreja local.
- por Robert F. Turner http://www.estudosdabiblianet.com/

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